Eriko Jácome faz desabafo na Câmara após críticas por processo de cassação: “Não fui vendido a partido nenhum”

Segundo o presidente, a vereadora Brisa Bracchi teria dito que ele seria “o pior presidente da história da Câmara”,

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (26), marcada pela apreciação dos pedidos de cassação dos vereadores Matheus Faustino e Brisa Bracchi, o presidente da Câmara Municipal de Natal, Eriko Jácome, fez um desabafo contundente em plenário. Visivelmente contrariado com críticas recebidas pela condução do processo, Eriko afirmou estar sendo alvo de ataques tanto nas redes sociais quanto dentro da própria Casa Legislativa.

Segundo o presidente, a vereadora Brisa Bracchi teria dito que ele seria “o pior presidente da história da Câmara”, comentário que motivou sua reação. “Achei que em plenário eu não iria sofrer essas agressões. Hoje eu já sofri a agressão de ser o pior presidente por estar permitindo a democracia e a transparência do plenário”, declarou.

Eriko Jácome ressaltou que não está “contra nem a favor” de nenhum dos processos em análise e disse que sua postura tem sido unicamente a de garantir a legalidade dos ritos. Ele também afirmou não aceitar ataques pessoais à sua imagem. “Estou aqui como presidente da Câmara, chefe deste Poder Legislativo, e não vou admitir essa falta de respeito com a minha pessoa”, disse.

O presidente ainda comentou a possibilidade de mudanças no Regimento Interno para o próximo biênio, sugerindo que denúncias contra parlamentares passem antes por uma Comissão de Ética, evitando que casos cheguem diretamente ao plenário. Ele também rebateu críticas divulgadas pela imprensa e por setores políticos de que estaria “vendido ao PT”.

“Estou sendo criticado pela imprensa, achando que eu fui vendido ao PT, como muitos estão dizendo, mas eu não fui vendido a partido nenhum. Hoje, a transparência que eu vou fazer nessa Casa vai ser votar o projeto de Matheus Faustino e o projeto da vereadora Brisa de cassação”, disse.

Ao final, Eriko reforçou que a decisão sobre os pedidos de cassação caberia exclusivamente ao plenário, “que é soberano”.