O levantamento avaliou 21.462 universidades no mundo

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Enquanto a maioria das universidades brasileiras caiu no ranking internacional do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se destacou no cenário global ao figurar entre as poucas do país que conseguiram melhorar seus índices. Na edição de 2025, divulgada nesta semana, a instituição avançou da 23ª para a 15ª posição nacional, consolidando uma trajetória de crescimento mesmo diante de restrições orçamentárias impostas pelo Governo Federal. Das 53 brasileiras listadas, 46 perderam posições no ranking.

O levantamento avaliou 21.462 universidades no mundo e as 2 mil melhores foram classificadas com base em quatro critérios: qualidade da educação (25%), empregabilidade (25%), qualidade do corpo docente (10%) e pesquisa (40%).


A gestão da UFRN informou em nota que atribui o avanço da universidade a um conjunto de ações estratégicas. Além disso, reforça que o desempenho não se limita aos rankings internacionais. A instituição também vem se destacando em indicadores nacionais como ENADE, CAPES, IGC e recredenciamento institucional, nos quais tem alcançado os conceitos máximos.


Apesar do avanço, o cenário de financiamento das universidades federais permanece como um fator de preocupação, uma vez que as restrições orçamentárias impostas nos últimos anos representam um risco real para a sustentabilidade das atividades acadêmicas. “As restrições representam um desafio significativo. A UFRN tem conseguido otimizar recursos e manter um desempenho destacado. No entanto, sem a recomposição adequada do orçamento, há risco de comprometimento nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que certamente impactará nossa posição nos rankings futuros”, alerta a nota.


As sete instituições brasileiras que subiram no ranking foram: Universidade Federal do Rio de Janeiro (de 401º para 331º), Universidade Estadual de Campinas (de 370º para 369º), Universidade de Brasília (de 836º para 833º), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (de 1396º para 1367º), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (de 1465º para 1455º), Universidade Federal do Rio Grande (de 1677º para 1644º), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (de 1868º para 1836º). No total, 87% das instituições do país perderam posições no ranking, segundo o CWUR.


O Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR) aponta como principal motivo para o declínio das universidades brasileiras o enfraquecimento no desempenho em pesquisa, reflexo da crescente competição internacional e da falta de investimentos robustos no Brasil. O reitor da UFRN e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), José Daniel Diniz Melo, destaca que as universidades públicas são as maiores responsáveis pela produção de conhecimento no país. “O Brasil precisa ainda de uma política de financiamento para a educação superior pública que assegure investimentos adequados”, diz.

Fonte: Tribuna do norte 

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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