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Deputada federal admite desconforto no União Brasil, especialmente após dirigente da federação defender punição para parlamentares que fizeram obstrução na Câmara na semana passada

A deputada federal Carla Dicksonafirmou que deve definir ainda nesta semana se permanecerá no União Brasil ou se migrará para o PL. Ela disse estar desconfortável com a atual legenda, especialmente após o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, partido que integra uma federação com o União Brasil, se manifestar a favor de punição aos deputados que participaram de obstrução na Câmara na semana passada.
“Algo que me deixou muito desconfortável foi o posicionamento de Ciro Nogueira, que não assinou o impeachment [do ministro do STF Alexandre de Moraes] e foi a favor da nossa punição. Como é que um dirigente partidário de que eu faço parte é a favor da nossa punição? Fiquei bem decepcionada”, afirmou a parlamentar, em entrevista à rádio Cidade nesta segunda-feira 11. “Já está bem desconfortável o negócio”, resumiu.
Carla revelou que mantém conversas com lideranças do PL, como o senador Rogério Marinho, e com o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, além de dialogar com o ex-senador José Agripino (União Brasil). “Primeiro caminho é União Brasil. Ou PL. Outra alternativa não tem”, disse, ressaltando que a mudança dependerá das conversas com as lideranças nacional e estadual do seu partido atual.
Ela disse que, no União Brasil, o cenário para disputar a reeleição para a Câmara é difícil, diante de adversários com forte estrutura política. Citou como exemplo o nome da secretária de Assistência Social de Natal, Nina Souza, que é mulher do prefeito Paulinho Freire. “Para mim fica mais difícil ainda, porque é outra mulher, forte, inteligentíssima e com a máquina da Prefeitura”, avaliou.
Além de Nina Souza, outros nomes considerados mais competitivos do que Carla Dickson na federação União Progressista são: Benes Leocádio, pelo União Brasil, além de João Maia e Robinson Faria, pelo PP. No PL, ela teria como principais concorrentes os deputados General Girão e Sargento Gonçalves, que vão disputar a reeleição. Em 2022, Carla Dickson foi a 3ª mais votada do União Brasil e só virou deputada após a renúncia de Paulinho Freire, que hoje é prefeito de Natal. “Eu quero ter chance de concorrer”, complementou.
A deputada também comentou sobre a sucessão ao Governo do Rio Grande do Norte e avaliou três nomes como potenciais candidatos do campo de centro-direita: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), o senador Rogério Marinho (PL) e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos).
Segundo Carla, Allyson se colocou à disposição para disputar o cargo e até para deixar a prefeitura antes do prazo legal, caso o grupo o escolha. Ele disse que vai caminhar com o grupo. Se colocou à disposição, inclusive, de desincompatibilizar antes do tempo mesmo. Porque não é fácil você pleitear uma cadeira de Executivo estadual. Tem que ter tempo. Ele é muito conhecido naquela região lá do Alto Oeste. Ele precisa vir para cá para conquistar os votos”, contou. O prazo final para que Allyson renuncie à Prefeitura de Mossoró, caso queira disputar o Governo do Estado, é o início de abril de 2026.
Ela defendeu a união do grupo de oposição para enfrentar a esquerda em 2026, que atualmente tem a pré-candidatura de Cadu Xavier (PT) ao Governo do Estado. “Se a gente não fizer isso, vai ser muito difícil conquistar a cadeira de governador. Podemos ter mais um período de PT ou de esquerda no comando do Estado”, afirmou.
Fonte: Agora RN
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