Deputada do PL cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Rebibbia após condenação do STF por invasão hacker ao CN

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Foto: Lula Marques/EBC

Detida no presídio feminino Germana Stefanini, nos arredores de Roma, na Itália, desde terça-feira 29, a deputada licenciada Carla Zambelli (PL) passou por audiência de custódia na sexta-feira 1º, e permanecerá na prisão enquanto tramita seu processo de extradição. Ela fugiu para a Europa após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelo caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O presídio Germana Stefanini faz parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia, a maior prisão da Itália e uma das maiores da Europa. A unidade abriga mulheres em regimes de segurança média e alta e está dividida em oito seções. Apesar da estrutura considerada boa, o local enfrenta superlotação, com 371 detentas para uma capacidade de 272 vagas.

O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca informou que a penitenciária sofre também com déficit de funcionários. Até junho deste ano, havia 181 agentes penitenciários para atender a demanda, quando o ideal seriam 214. O número de membros da administração e educadores também está abaixo do necessário, conforme dados do Ministério da Justiça italiano.

Localizado no bairro de Rebibbia, em Roma, o presídio foi construído na década de 1950 para abrigar detentas juvenis. Inicialmente administrado por freiras vicentinas, passou a ser dirigido por diretoras civis em 1979. A penitenciária é composta por duas alas grandes e quatro menores, além de áreas verdes e uma fazenda onde algumas detentas trabalham.

A maior ala, chamada “Camerotti”, recebe mulheres que aguardam julgamento, como é o caso de Zambelli. Cada andar tem 12 celas com quatro camas (dois beliches) e um banheiro separado com bidê. Os chuveiros com água quente são compartilhados em cada um dos três andares. No total, a prisão conta com 156 celas e 94 banheiros, dois campos esportivos, um teatro, seis salas de aula, uma creche e uma biblioteca.

A unidade disponibiliza atendimento médico 24 horas por dia, sete dias por semana, e assistência psiquiátrica com 25 horas semanais. As visitas às detentas precisam ser autorizadas pela diretora da prisão e só ocorrem mediante “motivos razoáveis”. No caso das presas que aguardam julgamento, como Zambelli, é necessário apresentar alvará da Justiça.

Os advogados devem agendar encontros pessoalmente no presídio, que são permitidos somente no período da manhã, das 8h30 às 14h. Para ligações telefônicas, as internas precisam adquirir um cartão fornecido pela Central de Comando da prisão.

As detentas podem receber até quatro pacotes por mês, com peso máximo de 20 quilos cada, contendo roupas e alimentos. Contudo, há restrições quanto aos itens permitidos. Roupas não podem ter enchimento, ombreiras, capuzes, botões acolchoados, strass ou outros enfeites, segundo as regras da penitenciária.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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