Base aérea dos EUA no Catar foi alvo de seis mísseis iranianos após ataque americano a instalações nucleares no Irã; explosões também foram registradas em Doha.

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O Irã disparou, nesta segunda-feira, seis mísseis contra uma base dos Estados Unidos no Catar e um míssil contra uma base americana no Iraque. A informação, confirmada pela Casa Branca e pelo governo iraniano, veio após relatos de explosões ouvidas na capital do Catar, Doha.

Mais cedo, o canal conservador Fox News havia informado que havia uma ameaça “iminente” de ataque do Irã à base americana de al-Udeid, no Catar. O presidente americano, Donald Trump, deve convocar seus conselheiros de segurança nacional dentro de uma hora.

O ataque do Irã é visto como uma retaliação à operação militar Martelo da Meia-Noite, conduzida na noite do último sábado 21, quando a força aérea dos EUA utilizou aeronaves e mísseis, incluindo bombas de penetração maciça, para atacar as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan.

Base no Catar

A al-Udeid é a maior base militar americana no Oriente Médio e abriga o centro de comando e controle para operações aéreas na região. Caso confirmado o local como alvo da retaliação iraniana, isso representaria uma escalada mais significativa do que a resposta ao assassinato do general Qassem Soleimani, em 2020, quando Teerã optou por bases menos estratégicas no Iraque e na Síria.

Imagens de satélite divulgadas pelo site Business Insider mostram que os EUA retiraram a maior parte de suas aeronaves estacionadas fora de hangares na base nos últimos dias. Analistas apontam que o Irã tem capacidade de lançar mísseis de curto e médio alcance, além de drones, contra al-Udeid.

Iraque

No Iraque, as defesas aéreas da base americana de Ain al-Asad foram ativadas nesta segunda-feira diante do temor do possível ataque do Irã. A informação foi confirmada por fontes de segurança à imprensa local.

Localizada na província de Anbar, no oeste do Iraque, a base de Ain al-Asad abriga tropas americanas que apoiam as forças de segurança iraquianas e participam da missão da Otan no país, segundo a Casa Branca. Foi para lá que o Irã direcionou seu ataque retaliatório pela morte de Soleimani em 2020.

No norte do Iraque, a base aérea de Erbil, situada na região semiautônoma do Curdistão, também abriga forças dos EUA e da coalizão internacional. Segundo relatório do Congresso americano, a base serve como centro para treinamentos, compartilhamento de inteligência e coordenação logística das operações militares na região.

O Pentágono revelou que a operação envolveu uma “pegadinha” com bombardeiros como isca para distrair as defesas iranianas, garantindo o elemento surpresa. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parabenizou Trump, afirmando que o ataque “mudará a história”.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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