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José Dias considera improvável que Rogério Marinho seja o cabeça de chapa à Presidência da República, ao comentar o fato novo na política nacional

O deputado estadual José Dias (PL) reiterou que as chances da direita no Rio Grande do Norte em 2026 passam, prioritariamente, pelo nome do senador Rogério Marinho (PL). Segundo ele, “o único candidato para tentar recuperar um pouco o RN, porque o elefante está muito doente, o único para levantar o Rio Grande do Norte na política atual é Rogério”. Entretanto, caso o presidente do PL no Estado seja realmente convidado e aceite compor chapa nacional como candidato a vice-presidente da República, só Álvaro Dias (Republicanos) tem a experiência necessária para a missão. O deputado estadual não acredita que este seja o momento para Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, encarar a disputa. O assunto foi conversado com o Diário do RN, nesta quarta-feira (14).
José Dias considera improvável que Rogério Marinho seja o cabeça de chapa à Presidência da República, ao comentar o fato novo na política nacional sobre as articulações do bolsonarismo, caso o líder Bolsonaro não consiga reverter a inelegibilidade. O parlamentar acha, entretanto, que Marinho pode ser candidato a vice-presidente. “Eu confesso a você que para a presidência da República eu não acredito em hipótese alguma, porque não deixam. Não há menor possibilidade.
Nós não temos densidade política para isso. […] O que eu acho que ele realmente, politicamente, poderia ser é vice-presidente, não é porque ele não seja mais competente”, esclareceu Dias.
Neste cenário, caso Rogério Marinho escolha a disputa nacional e não seja candidato ao Governo do Estado, José Dias aponta outro nome como ideal: “Eu acho que Álvaro tem uma experiência boa da Prefeitura de Natal, sem a menor dúvida. Ninguém pode negar. E ele quer ser [candidato ao governo]”.
Segundo o deputado, Álvaro tem sobre Allyson Bezerra – outro nome da direita cotado ao Governo do RN – a vantagem da experiência. “Até porque Álvaro, na realidade, tem uma experiência, do prefeito de Mossoró sendo mais velho. Tem a idade de ser o pai dele. Ou um pouco mais”, coloca.
Dias não vê com bons olhos uma eventual candidatura do atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Ele argumenta que, apesar da boa posição nas sondagens, Allyson enfrentaria riscos sérios.
“Falam que hoje nas pesquisas o primeiro lugar é o prefeito de Mossoró, que eu considero muito inteligente, um excelente comunicador, mas eu acho muito verde para administrar o Rio Grande do Norte”, disse. “Se fosse meu filho eu rezava muito para ele não ser. Um cara como ele enfrentar a situação que o Rio Grande do Norte se encontra — e vai piorar, porque as perspectivas para o poder público são absurdamente ruins, dolorosas — eu não vejo uma pessoa com a idade dele, a experiência dele, os desafios futuros que ele vai querer continuar na vida pública, seja uma boa solução”, opinou.
Para José Dias, a definição da candidatura não precisa ser agora, mas também não deve ficar para a convenção. “Também não sei se é vantagem definir o candidato agora, porque é jogar na chuva.
Mas tem que ser no começo do ano que entra. Não tem que esperar pra convenção, não”, completou.
José Dias diz que esquerda está fora da disputa: “Deus não vou dizer quem é, mas o diabo é o PT”
O deputado estadual José Dias (PL) avalia que a disputa eleitoral de 2026 no Rio Grande do Norte será definida entre nomes da direita. Ele se refere ao fato de não ver viabilidade para uma candidatura competitiva da esquerda: “O candidato deles [Cadu Xavier] é um cidadão, o rapaz parece que é um profissional competente, um técnico, mas ele é o homem da taxação. Não tem ninguém mais rejeitado pela opinião pública do que quem tira o dinheiro do povo”.
Ele também comentou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) não deseja representar a esquerda. Segundo o deputado, o alinhamento à esquerda prejudica qualquer candidatura. “Ele parece que tem uma incompatibilidade política em Mossoró que reflete no estado. A esquerda contamina. Hoje a esquerda contamina qualquer cidadão”, avaliou.
Além de descartar a esquerda, José Dias afirmou que também não acredita em uma alternativa fora da polarização entre direita e esquerda. Para ele, qualquer tentativa de neutralidade é “perigosa”: “Você tem que ser de um lado ou de outro. Essa terceira via eu acho muito perigosa”, avisou.
“É Deus e o diabo. Deus eu não vou dizer quem é, não, porque pode ser uma apostasia, mas o diabo é o PT”, finalizou.
Diário do RN
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