Ao comentar a necessidade de controle rígido dos gastos municipais, o gestor afirmou que o problema do Estado não está na arrecadação, mas na “falta de gestão”

Post Images
reprodução

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), criticou a gestão financeira do governo do Rio Grande do Norte durante entrevista concedida nesta quinta-feira (13) ao programa Repórter 98, da 98FM Natal.

Ao comentar a necessidade de controle rígido dos gastos municipais, o gestor afirmou que o problema do Estado não está na arrecadação, mas na “falta de gestão” e na incapacidade de equilibrar despesas.

“Quando eu vejo uma gestão sem controle, sem regra, sem norma, que não sabe do que gasta, o problema não é receita. O problema é gestão”, disse.

Segundo Allyson, Mossoró adotou um modelo de administração baseado em monitoramento constante de custos, citando como exemplo o controle sobre o consumo de combustível na prefeitura. Ele comparou a realidade municipal com a situação financeira do Estado, destacando que o Rio Grande do Norte registra crescimento contínuo de arrecadação, mas ainda assim enfrenta dificuldades para honrar despesas básicas. “As receitas do Estado crescem todo mês. O valor nominal da arrecadação vem aumentando”, frisou.

Quando questionado sobre projeções de déficit para o próximo ano, em que o governo estadual deve enfrentar um rombo de cerca de R$ 1,5 bilhão em 2026, além de passivos como precatórios que podem chegar a R$ 5 bilhões, o prefeito disse que o cenário é resultado do desequilíbrio entre receitas e despesas, e não da falta de dinheiro. “É como um salário: você ganha X e gasta 2X. Aí pega empréstimo, financiamento, pensa que está ok, mas está endividado. O Estado não é diferente”, comparou.

Allyson ainda relembrou sua chegada ao executivo mossoroense, destacando que buscou formação e qualificação após assumir o cargo sem experiência prévia em gestão pública. Ele afirmou ter montado uma equipe técnica com profissionais da UERN, UFERSA, IFRN, UFRN e também da iniciativa privada. “Eu sabia que tinha que estudar, buscar conhecimento e formar uma equipe boa. Trouxe gente qualificada das universidades e do setor privado”, declarou.

Ao finalizar, o prefeito ressaltou que considera a responsabilidade fiscal uma obrigação pessoal do gestor, citando como exemplo o pagamento em dia dos servidores municipais. “Se está pagando o salário no dia 25, eu pago. Se fosse para pagar atrasado, a responsabilidade também seria minha”, afirmou.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.

0 Comentários