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Corte de Apelação de Roma atendeu pedido da defesa e aguarda manifestação sobre informações enviadas pelo governo brasileiro
A Corte de Apelação de Roma adiou para 20 de janeiro de 2026 a decisão sobre a extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli, que renunciou ao cargo no último sábado após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a perda de seu mandato. O adiamento atendeu a um pedido da defesa da ex-parlamentar.
O pedido de extradição tem parecer favorável do Ministério Público italiano, que avalia que a medida atende aos requisitos previstos na legislação do país. Segundo o MP, Zambelli não foi alvo de perseguição política nem sofreu cerceamento de defesa no processo que resultou em sua condenação no STF.
Para demonstrar às autoridades italianas que Zambelli não corre riscos no sistema penitenciário brasileiro, o governo do Brasil encaminhou informações sobre a unidade prisional onde ela ficaria detida em caso de extradição, além de dados sobre as condições gerais das mulheres presas e a existência de seções e cuidados específicos. A Corte de Apelação de Roma decidiu adiar a conclusão do caso para permitir que a defesa analise e se manifeste sobre a documentação enviada.
De acordo com os documentos encaminhados pelo governo brasileiro, caso seja presa no Brasil, Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Conforme o material, as internas do regime fechado, semiaberto e as presas provisórias são separadas por “blocos distintos, assegurando a não convivência entre internas de regimes diversos”.
“Registra-se que nunca houve rebelião na PFDF. No sistema prisional destinado ao público masculino, o último episódio de rebelião data de 2001 — o que evidencia a capacidade de controle e atuação técnica da Polícia Penal do Distrito Federal”, afirma documento elaborado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.
Ainda segundo a Vara de Execuções Penais, a unidade “adota rotinas institucionais de monitoramento e prevenção de violação de direitos, com inspeções periódicas dos órgãos de controle e mecanismos internos de supervisão”. As informações já foram recebidas pelo governo da Itália, conforme informou o colunista Lauro Jardim.
Em junho, Carla Zambelli comunicou que havia deixado o Brasil para evitar o cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta, por unanimidade, pela Primeira Turma do STF, por envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No parecer favorável à extradição, o procurador italiano Erminio Carmelo Amelio afirmou que Zambelli, de forma livre, consciente e voluntária, ordenou a invasão dos sistemas do CNJ por meio do planejamento, contratação e gestão operacional do hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de alterar informações.
O procurador também observou que a ex-deputada é “apenas formalmente cidadã italiana”. “Ela não reside na Itália, não está integrada ao tecido social, não tem seu centro de interesses de qualquer espécie na Itália (muito pelo contrário: ela é deputada federal no Brasil)”, diz o parecer.
Segundo as investigações, Zambelli deixou o Brasil em 24 de maio pela fronteira com a Argentina, em Foz do Iguaçu (PR), onde não há controle migratório. De Buenos Aires, seguiu para a Flórida, nos Estados Unidos, em voo comercial. Nos EUA, em entrevista ao canal do influenciador Paulo Figueiredo, afirmou que pretendia ir para a Itália e disse que repetiria no exterior a campanha feita por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o ministro Alexandre de Moraes, o que não ocorreu.
Para demonstrar às autoridades italianas que Zambelli não corre riscos no sistema penitenciário brasileiro, o governo do Brasil encaminhou informações sobre a unidade prisional onde ela ficaria detida em caso de extradição, além de dados sobre as condições gerais das mulheres presas e a existência de seções e cuidados específicos. A Corte de Apelação de Roma decidiu adiar a conclusão do caso para permitir que a defesa analise e se manifeste sobre a documentação enviada.
De acordo com os documentos encaminhados pelo governo brasileiro, caso seja presa no Brasil, Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Conforme o material, as internas do regime fechado, semiaberto e as presas provisórias são separadas por “blocos distintos, assegurando a não convivência entre internas de regimes diversos”.
“Registra-se que nunca houve rebelião na PFDF. No sistema prisional destinado ao público masculino, o último episódio de rebelião data de 2001 — o que evidencia a capacidade de controle e atuação técnica da Polícia Penal do Distrito Federal”, afirma documento elaborado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.
Ainda segundo a Vara de Execuções Penais, a unidade “adota rotinas institucionais de monitoramento e prevenção de violação de direitos, com inspeções periódicas dos órgãos de controle e mecanismos internos de supervisão”. As informações já foram recebidas pelo governo da Itália, conforme informou o colunista Lauro Jardim.
Em junho, Carla Zambelli comunicou que havia deixado o Brasil para evitar o cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta, por unanimidade, pela Primeira Turma do STF, por envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No parecer favorável à extradição, o procurador italiano Erminio Carmelo Amelio afirmou que Zambelli, de forma livre, consciente e voluntária, ordenou a invasão dos sistemas do CNJ por meio do planejamento, contratação e gestão operacional do hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de alterar informações.
O procurador também observou que a ex-deputada é “apenas formalmente cidadã italiana”. “Ela não reside na Itália, não está integrada ao tecido social, não tem seu centro de interesses de qualquer espécie na Itália (muito pelo contrário: ela é deputada federal no Brasil)”, diz o parecer.
Segundo as investigações, Zambelli deixou o Brasil em 24 de maio pela fronteira com a Argentina, em Foz do Iguaçu (PR), onde não há controle migratório. De Buenos Aires, seguiu para a Flórida, nos Estados Unidos, em voo comercial. Nos EUA, em entrevista ao canal do influenciador Paulo Figueiredo, afirmou que pretendia ir para a Itália e disse que repetiria no exterior a campanha feita por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o ministro Alexandre de Moraes, o que não ocorreu.
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