Embora o Prouni tenha passado por mudanças os requisitos de renda e desempenho no Enem ainda impõem barreiras.

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Um levantamento divulgado pelo G1 revelou que o Programa Universidade Para Todos (Prouni) deixou quase 2,5 milhões de bolsas de estudo sem preenchimento entre 2013 e 2024. No período, apenas 48,9% das 4,8 milhões de bolsas ofertadas foram efetivamente ocupadas. O dado levanta preocupações sobre a efetividade da política pública e a dificuldade de acesso ao ensino superior, mesmo com vagas disponíveis.

O ano de 2024 marcou o pior desempenho da década, com apenas 27% das bolsas preenchidas no primeiro semestre e um índice ainda mais baixo no segundo, com 15% de ocupação. A tendência de queda se agravou ao longo dos anos, apesar de exceções pontuais como o segundo semestre de 2016, quando as bolsas integrais superaram a expectativa inicial. A queda no interesse ou na capacidade dos candidatos de cumprir os critérios pode ser explicada por fatores econômicos, sociais e acadêmicos.

Embora o Prouni tenha passado por mudanças — como a inclusão, em 2022, de candidatos vindos de escolas particulares sem bolsa —, os requisitos de renda e desempenho no Enem ainda impõem barreiras. O cenário exige uma reavaliação do modelo para garantir que as bolsas cumpram seu papel de democratizar o ensino superior e não permaneçam ociosas enquanto milhões de brasileiros buscam oportunidades educacionais.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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