Mais de 39 mil nascimentos foram registrados no estado

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O Rio Grande do Norte registrou 39.384 nascimentos em 2023, uma redução de 1,36% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados das Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira 16. Esta foi a oitava maior queda entre os estados brasileiros e a segunda mais expressiva no Nordeste, atrás apenas da Bahia (-1,8%).

A tendência de queda já havia sido observada em 2022 e segue indicando mudanças no comportamento reprodutivo da população potiguar. Em 2023, o número de partos foi inferior ao de 2022 em três dos quatro maiores municípios: Natal (-1,7%), Mossoró (-1,8%) e São Gonçalo do Amarante (-7,0%). Apenas Parnamirim apresentou leve aumento (0,15%).

A maior queda proporcional do Estado ocorreu em João Dias, onde os nascimentos despencaram de 35 para apenas 10, um recuo de 71,4%. Água Nova (-48,7%) e Viçosa (-44,4%) também apresentaram quedas acentuadas. Já em Itajá, houve aumento de 42,4%, passando de 73 para 104 nascidos vivos. Outros municípios com crescimento expressivo incluem Monte das Gameleiras (+41,3%) e Senador Elói de Souza (+39%).

Os dados também apontam uma mudança significativa na idade das mães. No Estado, 40% dos nascimentos ocorreram entre mulheres com 30 anos ou mais — maior percentual entre os estados nordestinos. Em Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, essa proporção chega a quase 50%. Por outro lado, os partos entre adolescentes (até 19 anos) representaram 12% do total. Municípios como Triunfo Potiguar (29,5%) e Jardim de Angicos (28,6%) tiveram mais de um quarto dos nascimentos entre jovens dessa faixa etária.

A concentração dos partos entre mulheres de 25 a 34 anos confirma um adiamento da maternidade. Em Natal, por exemplo, a maioria dos nascimentos se deu entre mães de 25 a 29 anos (2.302), seguidas pelas de 30 a 34 anos (2.022). Apenas 45 partos foram registrados entre adolescentes com menos de 15 anos.

Os dados do IBGE também revelam uma leve predominância de nascimentos masculinos. Em todos os meses de 2023, o número de meninos superou o de meninas, com diferença média de 100 a 200 partos.

Com a continuidade da tendência de queda na natalidade e o envelhecimento da população, o estado deverá rever estratégias em áreas como saúde materno-infantil, educação e planejamento urbano.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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