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Sessão começa às 9h e será marcada pelas sustentações

O Supremo Tribunal Federal (STF)retoma na manhã desta quarta-feira 3 o julgamento da suposta trama golpista que teria buscado impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A sessão começa às 9h e será marcada pelas sustentações orais das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de ex-ministros envolvidos no processo.
O primeiro a se pronunciar será o advogado do general Augusto Heleno, que informou ter preparado 107 slides para a apresentação e pretende usar todo o tempo disponível, de uma hora. Em seguida, falarão as defesas de Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto — este último somente se houver tempo hábil.
Na terça-feira 2, o ex-ministro Paulo Sérgio foi o único dos réus a acompanhar a sessão presencialmente no STF. Segundo aliados, sua presença simboliza um gesto em defesa da própria honra. As demais defesas já anteciparam que seus clientes não comparecerão nesta quarta.
A sessão de hoje se encerra às 12h, já que os ministros do Supremo precisam participar do plenário a partir das 14h. Por isso, os votos do relator Alexandre de Moraes e dos demais magistrados devem ficar para a próxima semana.
Primeiro dia de julgamento
Na abertura do julgamento, Moraes leu por 1h40 o relatório que resume as fases do processo e as provas coletadas. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de todos os réus e classificou os atos golpistas como “espantosos”, ressaltando que não se tratam de “aventuras inconsideradas” ou “devaneios utópicos”, mas de tentativas reais contra a democracia.
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid destacou a relevância da delação premiada no caso, negou pressões sobre o militar e defendeu a manutenção dos benefícios do acordo. Já os advogados do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) argumentaram que os documentos encontrados com ele eram anotações pessoais, comparando-os a um diário.
A defesa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, utilizou parte de sua fala para elogiar ministros da Corte, chegando a se referir a Cristiano Zanin como um “ídolo”. O advogado Demóstenes Torres, que representa outro réu, criticou a colaboração premiada de Mauro Cid e pediu sua anulação.
Por fim, a defesa do ex-ministro Anderson Torres negou participação em plano golpista e disse que a minuta encontrada em sua casa já circulava na internet antes. Também afirmou que Torres não foi citado na delação de Mauro Cid e que teria atuado para encerrar os acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército.
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