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Parlamentar relembrou rompimento político com a prefeita Professora Nira, sua ex-vice, e disse que viu o afastamento como um “livramento”

O deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade) afirmou que, em caso de eleição suplementar no município de Maxaranguape, o nome do seu grupo político será o empresário Paulinho Sobral, seu genro e que já vem sendo tratado como “Paulinho de Luiz Eduardo”.
“O meu pré-candidato para a eleição é Paulinho. Paulinho de Luiz Eduardo, como já estão chamando. É um jovem que é veranista em Maxaranguape por muito tempo. Nunca foi candidato a nada, nunca foi político. Então, não tem vícios”, disse Luiz Eduardo, em entrevista à TV Agora RN na última sexta-feira 5.
Os familiares de Paulinho Sobral veraneiam e residem há mais de 60 anos em Maxaranguape. Ele é neto de Hélito Xavier Bezerra, ex-vereador e presidente da Câmara Municipal.
A possibilidade de Maxaranguape ter eleição suplementar ganhou força após a primeira instância da Justiça Eleitoral ter cassado, no mês passado, os mandatos da prefeita Professora Nira (PSD) e do vice Evanio Pedro (Solidariedade). Caso a decisão seja confirmada na segunda instância, os dois perdem os cargos, e o município deverá ter novas eleições em até 90 dias.
Luiz Eduardo, que foi prefeito de Maxaranguape entre 2017 e 2021, está rompido politicamente com a atual prefeita, Professora Nira – que foi sua vice-prefeita. Ela assumiu o cargo no fim de 2021 quando Luiz Eduardo renunciou ao cargo de prefeito para ficar apto à disputa de deputado estadual.
O deputado diz que a relação começou a se desgastar porque, na sua avaliação, o grupo que assumiu o comando do município passou a desfazer o legado que havia deixado. Ele contou que, mesmo assim, voltou a apoiar Nira nas eleições de 2024. “Nós ganhamos a eleição com mais de 1.500 votos (de maioria). E 23 dias depois eles romperam comigo”, afirmou.
O parlamentar disse ver o rompimento como um “livramento” e destacou que continua mantendo bases eleitorais no município. “Como sou cristão católico, eu deveria agradecer a Deus, porque eu achei que foi um livramento. A gente pede todo dia livramento e, na hora que Deus livra, a gente não pode ficar chateado. E eu estou tocando a vida”, declarou.
Durante a entrevista, Luiz Eduardo relembrou como encontrou a prefeitura de Maxaranguape ao assumir o cargo e o legado que diz ter deixado ao renunciar em 2021. “Eu peguei várias tomadas de contas especiais. Nós tínhamos mais de R$ 10 milhões de dívidas com precatórios. Nós tínhamos mais de R$ 3 milhões com dívidas de RPV. Nós não tínhamos uma ambulância, uma só”, afirmou.
Ele disse que, ao deixar o cargo, a realidade era outra: “Quando eu saí, eu deixei R$ 1 milhão na conta, livre para investimento. Eu já tinha pagado, entre RPV e precatórios, mais de R$ 10 milhões. Eu deixei mais de 400 mil remédios em estoque. Deixei R$ 15 milhões de convênios com o Governo Federal. Cinco obras em andamento e sete licitadas”.
O deputado acrescentou que, mesmo após a renúncia, continuou viabilizando recursos para o município, somando R$ 26 milhões em transferências e emendas.
Fonte: Agora RN
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