Ex-primeira-dama relatou preocupação com a saúde do ex-presidente

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu que lideranças do PL não antecipem discussões sobre a escolha do candidato da direita à Presidência da República em 2026.

O apelo foi feito em reunião fechada com a bancada parlamentar do partido na tarde desta segunda-feira 24. Segundo relatos feitos à CNN Brasil por pessoas presentes, Michelle chorou ao comentar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que é quem mais sofre com a situação.

Durante o encontro, Michelle classificou o processo envolvendo Bolsonaro como uma “guerra espiritual” e, embora tenha se referido às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) como cruéis, afirmou que tem orado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Ela e o vereador Carlos Bolsonaro (PL) relataram preocupação com a saúde do ex-presidente, que está preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde sábado 22.

Segundo os relatos, ambos mencionaram dificuldade de Bolsonaro para dormir, efeitos de medicamentos e problemas relacionados ao refluxo, que o obrigariam a mudar constantemente de posição durante o sono. Michelle também se queixou de falas desencontradas de políticos aliados e afirmou que “muita gente” estaria tentando se aproveitar do “momento difícil” da família.

Michelle disse ainda que não é o momento de colocar o foco nas eleições presidenciais de 2026 ou pressionar Bolsonaro, reforçando que, para ela, ele não deve perder protagonismo no processo. As falas convergem com o posicionamento de Carlos Bolsonaro. À CNN Brasil, o vereador afirmou que entregar o espólio político do pai seria “trair o povo”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por outro lado, vinha adotando uma postura diferente imediatamente antes da prisão do pai. Nos últimos dias, ele alertou Bolsonaro sobre a necessidade de definir escolhas para 2026, mencionando a influência do cenário nacional nos palanques regionais.

A prisão preventiva do ex-presidente foi decretada após violação da tornozeleira eletrônica que ele usava desde julho. A medida substituiu a prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, decisão que foi referendada pelos ministros da Primeira Turma do STF.

Na reunião, o debate político se concentrou na unidade do PL em torno do projeto da Anistia. Segundo a CNN Brasil, parlamentares decidiram pressionar os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para pautar a proposta, que não deve ser votada nesta semana.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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