Prisões por embriaguez ao volante somam 488 em 2025 e batem recorde desde 2016 na Grande Natal

Dados do CPRE apontam aumento de 39% em relação a 2024; prisões ocorreram durante a Operação Zero Álcool

O número de prisões por embriaguez ao volante em Natal e na Região Metropolitana em 2025 foi o maior desde 2016. Ao todo, 488 pessoas foram presas por misturar álcool e direção, segundo dados divulgados nesta terça-feira 30 pelo Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE).

As prisões ocorreram em rodovias estaduais e municipais, áreas de atuação do CPRE. As rodovias federais não entram no levantamento, por serem de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em 2025, os dados passaram a ser contabilizados por meio da Operação Zero Álcool. Nos anos anteriores, os registros eram vinculados à Operação Lei Seca. Em comparação com 2024, quando 349 pessoas foram presas em Natal e na Grande Natal, houve aumento de 39% no número de detenções.

O ano de 2023 registrou 477 prisões e foi o que mais se aproximou do total alcançado em 2025.

Ainda neste ano, o CPRE registrou, no município de Serrinha dos Pintos, no interior do Rio Grande do Norte, o maior teor alcoólico já identificado no estado desde o início da Operação Lei Seca. Um motorista de 34 anos foi detido após o teste do etilômetro apontar 1,93 mg/L de álcool no organismo. O limite considerado para caracterização do crime é de 0,33 mg/L.

As prisões por embriaguez ao volante ocorrem quando os testes de alcoolemia indicam valores superiores a 0,33 mg/L. A legislação também prevê a prisão em casos de recusa ao teste do etilômetro, desde que o condutor apresente sinais de alteração da capacidade psicomotora, avaliados pelos policiais.

O crime de dirigir sob influência de álcool ou substância psicoativa está previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A pena varia de seis meses a três anos de prisão, além de multa e possibilidade de suspensão ou perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A conduta é classificada como infração gravíssima.