Governadora destaca geração de empregos durante a abertura da II Conferência Estadual do Trabalho no RN

A organização da Conferência Nacional está sob responsabilidade de uma Comissão Organizadora Nacional (CON)

A governadora Fátima Bezerra (PT) participou, nesta quinta-feira (9), da abertura da etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT). O evento, que acontece em Natal, reúne representantes de trabalhadores, empregadores e do governo para um amplo debate sobre os desafios do mundo do trabalho no Rio Grande do Norte e no país.

 

Em seu discurso, Fátima Bezerra destacou os avanços do Rio Grande do Norte na geração de emprego e renda.

"Os dados recentes do CAGED mostram que nosso estado vive um ciclo virtuoso de geração de empregos formais: foram mais de 15 mil novos postos de trabalho com carteira assinada até agosto, o maior saldo dos últimos anos. Atualmente temos mais de 550 mil pessoas trabalhando com carteira assinada em nosso estado, o maior patamar desde 2020", disse a chefe do executivo potiguar.

 

Ao observarmos o impacto social desses resultados, podemos constatar que o Rio Grande do Norte se impõe gradativamente como um estado cada vez mais empregador e igualitário, tirando famílias das camadas mais pobres da sociedade. Isso se comprova ao vermos que o RN é o único estado do Nordeste onde o número de empregos formais supera o de beneficiários de um dos maiores programas assistenciais de transferência de renda do Brasil.

 

“Não sei se vocês sabem, mas o Rio Grande do Norte é um dos poucos estados do Brasil que tem mais trabalhadores celetistas do que famílias que dependem do Bolsa Família, algo que simboliza um tempo de inclusão produtiva, dignidade e esperança. Esse cenário é fruto da cooperação entre Governo Estadual, Federal, iniciativa privada e sociedade civil, e é também resultado de um Governo que investe em geração de oportunidades, em capacitação e qualificação das pessoas”, destacou Fátima Bezerra.

 

Ela lembrou ainda que o estado tem seus desafios, no entanto, o trabalho para superá-los segue em ritmo continuado no RN. Ao falar sobre a parcela de jovens que não trabalham, Bezerra destacou os esforços que estão sendo feitos para mudar esse cenário em breve.

 

“Na educação profissional e tecnológica, em cinco anos, nós saímos de 7.058 matrículas para 17.928 em 2025, e vamos avançar cada vez mais. Estou entregando dez escolas técnicas padrão Instituto Federal. Porque entendemos que, hoje, a maioria dos nossos jovens não querem mais um ensino médio apenas, eles querem um ensino com perspectiva de preparação para o trabalho, que é exatamente o que entregamos através do ensino profissionalizante”,

 

A Conferência Estadual do Trabalho no RN

 

O encontro tripartite, paritário e democrático tem o objetivo de estabelecer diretrizes para a promoção do trabalho decente no Brasil, fortalecendo o diálogo social e a construção coletiva de políticas públicas. As propostas formuladas na etapa estadual serão levadas à etapa nacional, marcada para 4 de março de 2026, em São Paulo.

 

Iris Oliveira, secretária de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social do RN (Sethas), também destacou a relevância do evento. "É muito bom estarmos aqui para discutir, propor e realizar uma conferência que há mais de 12 anos não acontecia. É importante lembrar o controle social como algo que vem da nossa Constituição, e, que tem uma contribuição muito importante para avançar os direitos, para avançar as conquistas e a construção dessa área", disse a secretária.

 

Oliveira celebrou ainda o bom momento do mercado de trabalho local.

“Vivemos hoje um momento de muita alegria no mercado de trabalho. O Estado está superando, ampliando e criando vagas, e muito também a partir dos investimentos do governo do Estado na área de desenvolvimento econômico e na atração de empresas. Isso tem repercutido positivamente no mercado de trabalho”, destacou Iris Oliveira,

 

A organização da Conferência Nacional está sob responsabilidade de uma Comissão Organizadora Nacional (CON), composta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e representações de centrais sindicais e confederações patronais. No âmbito estadual, Comissões Organizadoras Estaduais (COE) conduzem os trabalhos, integrando as Superintendências do MTE, as Secretarias do Trabalho estaduais e as representações locais de trabalhadores e empregadores.