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Gestor aponta que o rombo de R$ 54 bilhões se formou ao longo de décadas e diz que apenas o Executivo tem arcado com os aportes mensais para manter os pagamentos

O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande do Norte (Ipern), Nereu Linhares, afirmou que a solução para o desequilíbrio previdenciário do Estado passa pela criação de um plano de amortização da dívida atuarial, com aporte financeiro de todos os Poderes e órgãos autônomos. Segundo ele, o modelo seria semelhante ao que vem sendo implementado em outros estados, como Rondônia.
De acordo com estimativas apresentadas pelo Ipern, a recomposição exigiria cerca de R$ 200 milhões por mês durante 35 anos. O valor serviria para construir um fundo que garantisse o pagamento futuro dos benefícios previdenciários e reduzisse o chamado déficit atuarial — diferença entre o que o sistema arrecada e o que precisa pagar aos aposentados e pensionistas.
“Durante 35 anos, seria em torno de R$ 200 milhões por mês. Durante 35 anos, fazer uma aplicação para só mexer daqui a 30, 35 anos”, explicou o presidente, em entrevista à rádio 98 FM.
Nereu Linhares ressalta que o problema não é apenas do Poder Executivo, mas de todo o Estado. O Ipern congrega servidores dos três Poderes e dos órgãos autônomos, e, portanto, a dívida previdenciária é compartilhada entre Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas.
“É algo pra ser feito a quatro mãos”, declara.
Segundo ele, somente o Executivo tem arcado com aportes mensais para cobrir as insuficiências do sistema. O governo do Estado destina atualmente cerca de R$ 150 milhões por mês para garantir o pagamento da folha de aposentados e pensionistas.
“Quem tem encoberto essa dívida tem sido só o Executivo”, disse.
Fonte: Agora RN
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