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Segundo a delegada, o histórico de agressões não era inédito.

A delegada Victoria Lisboa, responsável pela investigação do brutal espancamento de Juliana Garcia dos Santos, revelou nesta terça-feira 29 que o agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, já havia incentivado a vítima a tirar a própria vida. O caso, registrado no sábado 26 em um condomínio de Ponta Negra, em Natal, vem ganhando contornos ainda mais graves à medida que avançam as investigações.
“Ela narrou que ele a incentivou a se matar. São fatos que chamam atenção para uma violência doméstica”, disse a delegada, em coletiva de imprensa. A violência foi registrada por câmeras de segurança dentro do elevador do prédio, onde Igor desferiu mais de 60 socos no rosto da vítima. Juliana, de 35 anos, teve múltiplas fraturas faciais e passará por cirurgia nos próximos dias.
Segundo a delegada, o histórico de agressões não era inédito. “Ele já tinha dado empurrão nela. E até o fato de ela não ter saído do elevador já com receio de ele agredi-la mostra o receio que ela tinha”, afirmou.
A delegada reforçou que, se Juliana tivesse buscado uma medida protetiva anteriormente, a tragédia poderia ter sido evitada. “Uma coisa que eu sempre digo às vítimas que comparecem aqui é que o amor não dói, não machuca. Se está te machucando, te agredindo, não é amor. Então, realmente, procure a intervenção da polícia.”
Victoria também relatou que Juliana enfrentava um período de fragilidade emocional. “Pelo que ela me relatou, foi uma situação que ela estava passando. Ela estava querendo tomar remédios, com o psicológico abalado. E ele estava incentivando ela (a se matar). Inclusive, isso vai ser apurado melhor, porque pode ser configurado crime.”
A prisão de Igor foi convertida em preventiva após a audiência de custódia. O caso está sob responsabilidade da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher das Zonas Leste, Oeste e Sul (Deam ZLOS), que continua colhendo provas e depoimentos para o inquérito.
fonte : Agora RN
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