ETE Jaguaribe atrasa e deve começar a funcionar em até 90 dias

ETE Jaguaribe deve iniciar operação até dezembro e promete ampliar cobertura de esgoto da Zona Norte de Natal para 43% já na primeira fase

Prevista inicialmente para janeiro de 2025, a Estação de Tratamento de Esgoto Professor Cícero Onofre de Andrade Neto (ETE Jaguaribe), na Zona Norte de Natal, só deve entrar em funcionamento dentro de 90 dias. O novo prazo foi confirmado ao AGORA RN pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) nesta segunda-feira 1º.

Com capacidade de vazão média de 840 L/s, a ETE Jaguaribe poderá atender 455.639 habitantes da Zona Norte até 2032. Hoje, apenas 3% da região têm cobertura de esgotamento sanitário. De acordo com a Caern, “com a entrada em operação da primeira fase da estação, ampliaremos o atendimento para 43%. Na sequência, com a ativação do segundo módulo da estação, a cobertura na região deve chegar a 95%, ampliando a cobertura geral da capital para cerca de 80%”.

A ligação dos imóveis à rede será gradual. Cada residência receberá um aviso oficial da companhia autorizando a interligação. A ETE Jaguaribe terá tratamento em nível terciário, incluindo caixas de areia e gradeamento mecanizados, reatores UASB, câmaras anóxicas, tanques de aeração com biodiscos, decantadores secundários, remoção de fósforo por flotação de ar dissolvido, desinfecção por UV, além de unidades de desidratação de lodo, queima de biogás e controle de odores

Segundo a Caern, “nenhuma estação de tratamento de efluentes no país tem este nível de tecnologia e índice de despoluição do produto tratado”. O novo contrato da Caern com o município, aditado em 2021 dentro das regras do novo marco do saneamento, prevê a universalização de esgoto em Natal até 2033 e de água em até 99%.

Natal ocupa 80ª posição no Ranking do Saneamento 2025

Natal caiu 16 posições no Ranking do Saneamento 2025, realizado pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados oficiais de 2023 nas 100 maiores cidades brasileiras. A capital potiguar teve a terceira maior variação negativa, junto com o Rio de Janeiro, e saiu da 64ª posição no levantamento de 2024 para a 80ª neste ano. A maior queda no ranking foi de Campo Grande (MS), que perdeu 20 posições.

De acordo com o levantamento do instituto, a capital potiguar também vem registrando redução na cobertura do atendimento de água. Em 2019, a capital tinha cobertura de 96,63%, que caiu para 90,13% em 2023 – uma queda percentual de 6,73%.

Fonte: AGORA RN