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Deputado propõe comissão para debater “adultização” de crianças nas redes, buscando pacificar a Câmara e adiar pautas polêmicas.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), propôs nesta terça-feira 12 a criação de uma comissão geral para debater a chamada “adultização” de crianças nas redes sociais, tema que ganhou projeção nacional após um vídeo do influenciador Felca viralizar nas últimas semanas.
A decisão de criar a comissão geral foi tomada durante reunião com os líderes da Casa. Na Câmara, a comissão geral é uma sessão plenária especial utilizada para discutir temas relevantes ou projetos de lei de iniciativa popular, ou ainda para ouvir ministros de estado. Essa sessão interrompe as atividades ordinárias do Plenário.
Qualquer projeto de lei sobre o assunto, contudo, só será pautado após a comissão apresentar um parecer, o que pode levar até 30 dias. No Congresso, o movimento é visto como uma forma de ganhar tempo e tentar reduzir o clima de embate que marcou a última semana.
A ideia de Motta seria usar o debate como uma pauta de “pacificação” num momento em que a Câmara vive tensões. A estratégia também busca deslocar o foco das pautas da oposição, como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado, defendidos por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fora do PL, líderes avaliam não ter clima para pautar. O líder do MDB, Isnaldo Bulhões Júnior, afirmou ao deixar a reunião: “Meu feeling é de que não tem clima.”
Horas antes, nesta terça-feira, Motta se reuniu com Sostenes Cavalcante, líder do PL, em sua residência oficial. Cavalcante alegou que o foro seria pautado: “Depois da semana passada, a gente tem que aparar arestas, alinhar as coisas. Está tudo superado. O foco da reunião era a gente se acalmar depois do que aconteceu. Não vamos pautar a anistia agora. O acordo foi pautar o fim do foro, aprovar nas duas Casas e, depois, pautar a anistia. Assim, a gente tira a corda do pescoço dos parlamentares”.
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