Pastor é investigado por suspeita de coação em inquérito sobre tentativa de golp

Post Images
Repercução

A Polícia Federal cumpriu, no início da noite desta quarta-feira 20, mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura o crime de coação no curso do processo, supostamente cometido contra autoridades que conduzem a investigação da tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus.

Além da apreensão de aparelhos, Malafaia foi alvo de medidas cautelares que incluem a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados. O pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa e conduzido para as dependências do aeroporto, onde presta depoimento. Durante a ação, declarou: “Vai ter que me prender pra me calar”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou favoravelmente às medidas, em parecer do último dia 15. Para o procurador-geral, Paulo Gonet, a PF obteve diálogos e publicações que apontam Malafaia como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.

Segundo Gonet, as evidências indicam que os três estão associados “no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668 [da tentativa de golpe], em que o ex-presidente figura como réu”.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.

0 Comentários