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México, Egito e Vietnã concentram quase 70% das vendas adicionais geradas pelas aberturas, que cresceram 160% no período

O Brasil abriu 400 novos mercados internacionais para produtos do agronegócio entre 2023 e agosto de 2025, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O avanço representa um acréscimo de US$ 1,73 bilhão nas exportações do setor, resultado de uma estratégia de diversificação de destinos que o governo acelerou após a aplicação de tarifa de 50% às exportações brasileiras pelos Estados Unidos.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o trabalho de ampliar a presença do agro brasileiro no mundo já era prioridade e foi reforçado diante das barreiras comerciais impostas pelos norte-americanos.
“Estamos intensificando o que já era prioridade e já estava dando grandes resultados, o que os números comprovam”, disse. Ele explicou que a meta inicial era abrir 200 mercados, conforme pedido do presidente Lula no início de 2023. “Conseguimos, em dois anos e meio, 400”, destacou.
De acordo com dados do Mapa, apenas três países responderam por quase 70% do valor adicional obtido: México (US$ 870,9 milhões, 50,4%), Egito (US$ 175,6 milhões, 10,2%) e Vietnã (US$ 157,9 milhões, 9,1%).
O México lidera tanto no número de aberturas (22) quanto no impacto econômico, com destaque para as vendas de carne bovina, que somaram US$ 214 milhões em 2024, e de carne suína, que atingiram US$ 102,6 milhões.
Os demais países com maior participação foram Turquia (US$ 89,8 milhões, 5,2%), Argélia (US$ 81,3 milhões, 4,7%) e Nova Zelândia (US$ 80,2 milhões, 4,6%). Já entre as categorias de produtos que mais ganharam acesso a novos mercados, proteínas animais lideram com 80 liberações, seguidas por material genético animal (70), alimentos para animais (51), reciclagem animal (35), animais vivos (30) e chás e ervas (23).
O Mapa calcula que a média mensal de aberturas subiu para 13 no atual governo, crescimento de 160% em relação às cinco registradas por mês entre 2019 e 2022. Segundo Fávaro, a ampliação e diversificação dos destinos é estratégica para reduzir a dependência de poucos mercados e ampliar as oportunidades de negócios para produtores brasileiros.
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