Com R$ 8,4 milhões, RN dá passo histórico para proteger as Cavernas de Martins com novo Ecoposto

Equipamento ambiental terá sede em Martins e contará com auditório, sala de exposições, dormitório e mirante; investimento é de R$ 8,4 milhões

O Governo do RN lançou a pedra fundamental do Ecoposto do Monumento Natural Cavernas de Martins (MONA Martins), no município de Martins, no Oeste. O equipamento, orçado em R$ 8,4 milhões, será a sede administrativa da unidade de conservação estadual criada em 2022 e terá como missão abrigar atividades de pesquisa científica, educação ambiental e recepção de visitantes.

Durante a solenidade, a governadora Fátima Bezerra (PT) destacou a importância do projeto para o fortalecimento da agenda ambiental e o desenvolvimento sustentável da região. “Estamos dando um passo importante na valorização do nosso patrimônio natural. O Ecoposto do MONA Martins será referência em conservação, pesquisa e educação ambiental, com geração de oportunidades para a população local”, afirmou.

O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e a estrutura, que usará materiais sustentáveis, terá auditório, sala multimídia, espaço para exposições, dormitório, cozinha, banheiros e mirante com vista panorâmica da serra.

A obra será financiada com recursos de compensação ambiental vinculados à implantação do complexo eólico Rio do Vento Expansão, operado pela empresa Casa dos Ventos, e que reúne oito parques. Nesta primeira fase, serão executados os projetos executivos, a supressão vegetal e o cercamento da área.

Fátima Bezerra também reforçou o compromisso com a justiça social e a inclusão de comunidades tradicionais. “Além da compensação ambiental, essa obra carrega uma dimensão de compensação social. Estamos falando de desenvolvimento com inclusão”, disse, ao lado dos prefeitos de Martins, Umarizal e Baraúna.
Criado em 2022 pelo Decreto nº 31.754, o MONA Martins integra o grupo das Unidades de Conservação de proteção integral, conforme a Lei Federal nº 9.985/2000. Com área de 3.538 hectares inserida no bioma da Caatinga, o local já tem 92 cavidades registradas, entre cavernas e abrigos com fósseis, pinturas rupestres e ampla biodiversidade.

Entre os atrativos do MONA estão a Casa de Pedra — segunda maior caverna em mármore do país —, a Pedra do Sapo e a Pedra Rajada.