Hospital referência na Zona Norte de Natal tem sete leitos de UTI fechados por falta de insumos; Sesap recorre a requisição administrativa e empréstimos

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A Justiça Federal determinou que aSecretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reabra, no prazo de 48 horas, todos os leitos de UTI neonatal e pediátrica bloqueados no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes (HMAF), em Natal. A decisão atende a um pedido conjunto do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern), Ministério Público do RN (MPRN) e Defensoria Pública do Estado (DPE/RN), apresentado na quarta-feira 13.

As instituições alertaram para risco iminente à assistência a recém-nascidos, crianças e adolescentes devido à falta de medicamentos, insumos e profissionais. O secretário de Saúde do RN, Alexandre Motta, afirmou que os insumos para reabrir os sete leitos devem ser entregues ainda nesta quinta.

Referência estadual em alta complexidade pediátrica e neonatal, o HMAF tem atualmente sete leitos de UTI inativos — cinco neonatais e dois pediátricos — por ausência de insumos básicos. Segundo vistoria do Cremern, a paralisação também é consequência de restrições orçamentárias e da suspensão de entregas por fornecedores, motivada por inadimplência do Estado.

O levantamento aponta que alguns leitos estavam sem funcionamento há quase duas semanas. No momento da inspeção, havia na fila de espera seis recém-nascidos, quatro crianças e dois adolescentes em estado grave.

Na decisão, a juíza Gisele Maria da Silva Araújo Leite determinou que a Sesap apresente, em até 30 dias, um plano detalhado para garantir a manutenção plena e contínua da UTI, incluindo a comprovação do fornecimento de medicamentos e materiais, seja por cessão de outras unidades, aquisição direta ou requisição administrativa.

A Secretaria também terá de informar, em 48 horas, se os dez novos leitos da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCo) já estão ativos. Caso estejam inoperantes, o prazo para apresentar um cronograma de abertura será de 30 dias.

A vistoria do Cremern ainda identificou ausência de registros obrigatórios em comissões internas, falta de certificados de regularidade e funcionamento, indisponibilidade de equipamentos essenciais e abastecimento irregular.

Fonte: Agora RN

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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