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Campanha foi aberta nesta quarta 6, com foco no acolhimento às vítimas e fortalecimento das redes de denúncia; caso Juliana impulsionou mobilização

A Prefeitura do Natal lançou, nesta quarta-feira 6, no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão, a programação do Agosto Lilás — campanha nacional de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher. O caso de Juliana Soares, agredida com 61 socos pelo companheiro em um elevador, trouxe mais visibilidade ao tema e intensificou o apelo por denúncias, acolhimento e políticas públicas eficazes.
“Estamos lançando o Agosto Lilás, que é um momento de conscientização, até porque passamos por um problema seríssimo com a Juliana. Isso chamou mais atenção ainda da população”, disse o prefeito Paulinho Freire (União Brasil). “Estamos pedindo que as mulheres denunciem. Denunciar é um direito. E que a sociedade possa acolher, porque nesse momento psicológico difícil que a vítima passa, temos que ter o acolhimento da sociedade e do poder público, com políticas públicas que venham preservar a saúde mental dessas pessoas”.
Coordenada pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (Semul), a campanha deste ano tem como tema “Denunciar é um direito. Acolher é um dever de todos”. A programação inclui ações de formação, mobilização social, atividades culturais e o 4º Fórum da Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência.
“A gente abre o mês de agosto já forte, impactante, com o que revela nossos piores sentimentos de angústia, de revolta, de tristeza, no caso de Juliana”, afirmou a secretária da Semul, Andréa Dias. “Que mais Julianas denunciem, que realmente procurem nossas redes de atendimento”.
A secretária destacou o funcionamento do Centro de Referência Elisabete Nascimento (CREN), das 8h às 17h, para atendimentos psicológicos, jurídicos e sociais, além da Casa Abrigo Clara Camarão, em endereço sigiloso, voltada a mulheres em risco iminente de morte. “Elas lá serão abrigadas com todo o apoio, assim como seus dependentes e filhos”.
Para a vice-prefeita Joanna Guerra (Republicanos), o trabalho da Prefeitura precisa ir além do atendimento: “Ela precisa sensibilizar, precisa dar acesso a informações para que mais mulheres entendam a importância de denunciar. Mais do que isso, através de políticas públicas efetivas, a gente consiga coibir. Que esse agressor tema realmente. A denúncia é fundamental, mas principalmente o suporte de todos aqueles que estão no entorno. A sociedade também é responsável por isso”.
A vereadora Brisa Bracchi (PT) reforçou o peso da campanha neste ano, após o crime que chocou o país: “Um evento que é sempre importante, mas agora ganha um peso muito maior. O caso de Juliana, espancada com 61 socos no elevador, traz para nós uma realidade que já conhecemos, que é o feminicídio, que é a violência contra a mulher”.
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