Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.
Corregedoria do Sistema Prisional apura denúncia feita pelo ex-jogador de basquete, que afirma ter sido espancado por agentes após transferência para a Cadeia Pública de Ceará-Mirim

A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte tem até 60 dias para concluir a investigação sobre a denúncia feita pelo ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, que afirma ter sido agredido por policiais penais na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, para onde foi transferido na última sexta-feira 1º. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ao AGORA RN. O prazo pode ser prorrogado por igual período.
Segundo a Seap, a apuração corre sob sigilo, e o número de agentes penais que serão ouvidos não será divulgado por razões de segurança. A pasta informou que os plantonistas envolvidos serão convocados. A secretaria declarou ainda que tomou providências imediatas após tomar conhecimento da denúncia, que teria envolvido agressões físicas e psicológicas dentro da unidade prisional.
Igor Cabral foi conduzido à Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal, onde registrou um boletim de ocorrência na noite da sexta. Em depoimento, relatou ter sido colocado nu e algemado em uma cela isolada, e depois agredido com socos, chutes, cotoveladas e spray de pimenta por policiais penais. Ainda segundo o ex-atleta, os agentes afirmaram que ele havia “chegado no inferno” e o incentivaram a tirar a própria vida.
A defesa havia pedido que Igor ficasse em uma sala isolada por segurança. Porém, de acordo com a Seap, a Cadeia Pública de Ceará-Mirim não tem cela individual. Ele segue preso na unidade.
Igor Cabral está preso desde 26 de julho, após espancar com 61 socos a namorada Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, dentro de um elevador em um condomínio de Natal. A cena foi registrada por câmeras de segurança e causou grande comoção Brasil afora.
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso na última segunda-feira. Igor foi indiciado por tentativa de feminicídio. A Polícia disse, ainda, que há necessidade de manter a prisão preventiva, destacando a gravidade dos fatos e a periculosidade do agressor. O inquérito já foi enviado ao Ministério Público e à Justiça.
Vítima tem alta do hospital três dias após cirurgia de reconstrução dos ossos
Juliana Soares recebeu alta hospitalar na última segunda-feira 1º, três dias após passar por uma cirurgia de reconstrução facial que durou mais de sete horas. O procedimento foi realizado na sexta 1º, no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol).
De acordo com a unidade, “a paciente deve seguir as recomendações repassadas pela equipe multidisciplinar em casa. Seu retorno para a próxima avaliação pós-cirúrgica está prevista ainda para este mês”. A cirurgia foi conduzida pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Huol. “A intervenção transcorreu de forma segura”, informou o hospital, em nota.
O cirurgião-dentista responsável pelo procedimento, Kerlison Paulino de Oliveira, explicou que o tempo da cirurgia se estendeu e durou cerca de sete horas devido às inúmeras fraturas encontradas, muitas delas com fragmentos. “Nessa situação, nós fizemos fixação com placas de parafusos no terço médio inferior da face. Tivemos algumas regiões com difícil redução de fixação devido à fragmentação dos ossos, mas o procedimento posso considerar um sucesso”, disse.
Ele também acrescentou: “Teremos um longo acompanhamento a partir desse momento”. Nesta terça-feira 5, Juliana passou por um procedimento de laserterapia pós-operatória. “Para reduzir o edema e modular a inflamação”, escreveu em publicação nas redes sociais.
Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.
0 Comentários