A suspeita surgiu após relatos de que um drone teria sido visto pulverizando plantações próximas ao reservatório

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Uma mortandade de peixes registrada nos últimos dias na barragem de Poço Branco, no interior do Rio Grande do Norte, tem gerado preocupação entre os pescadores da região. A barragem, localizada a 65 km de Natal, é o quarto maior reservatório do estado.

Segundo a Colônia de Pescadores de Poço Branco, que possui 160 profissionais cadastrados, a hipótese levantada é de contaminação da água por inseticida. A suspeita surgiu após relatos de que um drone teria sido visto pulverizando plantações próximas ao reservatório.

“A gente suspeita que essa mortandade de peixes é por causa dessa pulverização às margens da barragem. Então, o pescador tem receio que a água seja contaminada e que o peixe também seja contaminado”, disse o presidente da colônia, Davi Pinheiro.

O caso foi comunicado à Polícia Civil, que confirmou a abertura de investigação para apurar a possível ligação entre a pulverização por drone e a morte dos peixes. “Eu recebi ontem [terça] uma denúncia de um pescador, que tinha um drone pulverizando às margens da barragem. Isso é de longas datas que vem acontecendo”, afirmou Davi Pinheiro.

A Prefeitura de Poço Branco informou que está acompanhando a situação e, por meio das secretarias de Turismo e Meio Ambiente, realizou vistoria em uma fazenda da região nesta quarta-feira 10. De acordo com o secretário Eucana Samuel, não foram encontrados indícios de crime ambiental.

“Notificamos a fazenda, tivemos a autorização do proprietário, entramos, fizemos uma visita in loco. Não constatamos nenhuma degradação em relação à mortandade de peixes, nenhuma degradação que pudesse prejudicar a fauna e a flora, e todo o meio ambiente aqui na bacia hidrográfica de Ceará-Mirim, na barragem de Poço Branco”, afirmou o secretário.

O gerente da fazenda vistoriada, Miguel Edimilson e Silva, disse que recebeu com surpresa a denúncia e negou qualquer envolvimento com o uso de drones ou contaminação da barragem. “Não tem drone, não tem peixe morto, não tem nada. Quem quiser vir, pode olhar”, declarou.

Miguel atribuiu a possível mortandade de peixes às fortes chuvas que atingiram a região em fevereiro. Segundo ele, o aumento do volume de água seguido de rápida secagem dos riachos teria provocado a morte de animais aquáticos.

A propriedade visitada possui uma área de 1.300 hectares voltada à criação de gado de corte.

Ainda segundo o secretário de Meio Ambiente, uma vistoria realizada na própria barragem nesta quarta-feira não encontrou peixes mortos. As investigações seguem para identificar a origem do problema e se há risco de contaminação da água e da fauna local.

*Com informações do G1RN

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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